
Em entrevista coletiva em Ipanema, no Rio, o baixista e compositor inglês Roger Waters, ex-Pink Floyd, defendeu a causa palestina.
“Quando você observa os dois lados, fica claro que há apenas um a apoiar”, disse o músico, ao divulgar o Fórum Social Mundial Palestina Livre, que irá ocorrer em novembro em Porto Alegre.
Waters, que afirmou ter mencionado a realização do Fórum a pedido de amigos, defendeu que Israel volte às fronteiras de 1967. “Acho a paz possível, talvez não agora, mas nos próximos anos”.
O músico, que fez críticas ao presidente do Chile, Sebastian Piñera, quando tocou no país no começo de março, elogiou o atual momento do Brasil.
Ele citou o presidente Lula e o crescimento brasileiro e da América Latina como um todo nos últimos anos. “Apesar de não morar aqui, sinto que as pessoas estão se organizando melhor, a distribuição está sendo feita de uma forma mais justa do que no passado. O país está se tornado um exemplo de potência mundial”.
O encontro com jornalistas ocorre às vésperas de Waters iniciar a turnê brasileira de “The Wall”, que passa por Rio, Porto Alegre, São Paulo.
Sobre a reunião do cantor com os antigos integrantes do Pink Floyd, Waters foi taxativo. “É muito improvável. Acredito que (David) Gilmour está aposentado e não tem interesse nisso. Eu não tenho interesse. O Live 8 [em 2005, quando a formação original do Pink Floyd se reuniu pela última vez] foi fantástico, mas temos que lembrar que Richard [Wright, tecladista e um dos fundadores do grupo, morto em 2008] estava vivo”.