Solidariedade com Ahmad Sa’adat e respeito pelos seus direitos

A 22 de Outubro, será realizada uma audiência para contestar a manutenção numa prisão solitária, de Ahmad Sa’adat, Secretário-Geral da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP). A...

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A 22 de Outubro, será realizada uma audiência para contestar a manutenção numa prisão solitária, de Ahmad Sa’adat, Secretário-Geral da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP).

A advogada Leah Tsemel, que representa Sa’adat na contestação à prática de isolamento de que são vítimas diversos prisioneiros políticos palestinos, disse que a contestação ocorrerá no Tribunal Central de Bir Saba, contra a Administração Israelita das Prisões.

Sa’adat está preso em regime de completo isolamento na prisão de Ramon, no deserto de Naqab, desde há seis meses, quando foi transferido da prisão de Hadarim.

A situação prisional do líder da FPLP contraria os mais elementares direitos humanos. Por exemplo, a sua esposa e restante família, foram proibidas de visitá-lo por três meses e até mesmo os livros pessoais foram-lhe confiscados.

Saadat assumiu a direcção da FPLP em Outubro de 2001, sucedendo a Abu Ali Mustafa, assassinado por Israel no seu escritório, em Ramallah, na Cisjordânia.

Entretanto a FPLP assumiu, a 17 de Outubro de 2001, a responsabilidade pelo assassinato, do ministro do Turismo de Israel, Rehavam Zeevi. Sa’adat foi de imediato acusado por Israel de ter organizado o assassinato.

Para se proteger refugiou-se no quartel-general, Muqata’a, de Yasser Arafat, líder da Organização de Libertação da Palestina e do Fatah, que se recusou a entregá-lo a Israel. Por outro lado, Israel recusou voltar atrás na sua decisão de prendê-lo. Assim impôs um cerco à Muqata’a.

Após negociações envolvendo os EUA e o Reino Unido foi alcançado um acordo entre Israel e a ANP. Israel suspendeu o cerco à Muqata’a e Sa’adat foi preso (2002), levado a julgamento militar e colocado numa prisão palestina em Jericó, guardado por forças dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Entretanto o Supremo Tribunal da Palestina declarou que a prisão de Sa’adat era inconstitucional e ordenou que ele fosse libertado, mas a ANP recusou obedecer.

A Amnistia Internacional declarou que face a esta decisão e ao facto de ele ter sido sujeito a um julgamento injusto, fazia com que a sua detenção fosse ilegal e assim ele deveria ser acusado, através de competente processo, ou libertado.

Em 14 de Março de 2006 os Estados Unidos e o Reino Unido retiraram os seus observadores da prisão de Jericó onde Sa’adat continuava detido. A prisão foi então cercada por tropas israelitas, que alegaram estarem ali para prevenir que Sa’adat fugisse. Com o cerco, os guardas palestinos deixaram a prisão, mas cerca de duzentos prisioneiros recusaram a rendição.

Ao anoitecer as forças militares israelitas atacaram a prisão de Jericó, sequestraram Sa’adat e mais cinco outros prisioneiros e levaram-nos sob custódia para Israel.

No dia 25 de Dezembro de 2008, Sa’adat foi sentenciado a trinta anos de prisão a serem cumpridos nas prisões da potência ocupante: Israel.

Sa’adat é membro do Conselho Legislativo Palestino (Parlamento) e é um dos principais líderes nacionais palestinos mantidos nos cárceres daotência ocupante: Israel.

Poderá manifestar a sua solidariedade a Ahmad Sa’adat, aos seus familiares e à FPLP, repudiando a atitude do governo de Israel e exigindo o respeito dos seus direitos humanos básicos, no contexto de uma prisão ilegal e arbitraria contra um destacado lutador da causa da independência da Palestina aqui:

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