
QUINTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2014
O mundo com a Palestina! E as bombas da burguesia contra o mundo…
Pedro Bernardes Neto
De acordo com relatos de manifestantes no site Revolution News (1)centenas de localidades em dezenas de países manifestaram seu apoio à causa Palestina nesta semana, com muitas mais já programadas.
Em locais como Estocolmo, Joanesburgo na África do Sul e em dezenas de cidades dos EUA e do Canadá o que se viu foram manifestações com milhares de pessoas com bandeiras condenando o genocídio gradual que pratica Israel, uma verdadeira máquina de matar. Mesmo assim os jornais da burguesia internacional, NYtimes (2) e The Guardian (3)de Londres continuam a defender que existe uma “guerra” acontecendo na faixa de Gaza entre Israel e Hamas.
Manifestações em solidariedade à Palestina na última semana. Fonte: Revolution News |
Estocolmo (1) |
África do Sul (1) |
É óbvio que os países ricos irão defender até o fim que se trata de uma guerra, pois não param de lucrar. Ainda hoje, dia 17 de julho, já anunciam o suposto ataque russo a uma aeronave ucraniana (4), uma justificava à opinião pública para mais uma guerra na região. Não há limites para a sede de sangue dos países imperialistas.
Como se sabe a indústria bélica é o que move a indústria norte-americana e tem sido o braço mais forte para conter um avanço ainda maior da crise sistêmica que vem desde 2008. Nós ressaltamos isso na resolução da 29ª conferência da Esquerda Marxista:
“Segundo o mesmo Relatório do FED citado acima (Federal Reserve Bank – G 17 Industrial Production and Capacity Utilization – October 16, 2012. http://www.federalreserve.gov/releases/g17/current/), nesta retomada do capital nos EUA, o elemento mais importante foi a elevada expansão dos seus ramos ligados à indústria de armamentos, que sob a rubrica de “Defesa e Equipamento Aeroespacial” faz girar o maior complexo industrial-militar do mundo. Tanto a General Motors, quanto a General Electric, a Boeing, e outras grandes empresas dedicam a maior parte da sua atividade para produção de “equipamentos de defesa”. Enquanto, em 2012, a produção total da indústria automobilística e de máquinas situava-se aproximadamente no mesmo nível de 2007, antes da crise, a produção das linhas fornecedoras de armamentos já se situava 15% acima de sua própria produção de 2007. Essa relação orgânica da indústria norte-americana com a enorme produção de armamentos pesados é componente fundamental da sua massacrante superioridade técnica e dominação sobre seus concorrentes no mercado mundial. Assim como um impulso para a guerra.”
Assim, é necessário entender que guerras, bombardeios, geram lucros, por alimentar a indústria bélica e destruir forças produtivas, como meio de salvar as grandes potências da crise mundial.
Vale ressaltar que parte do dinheiro que financia essas guerras, todas essas mortes, vem da produção dos trabalhadores dos países subdesenvolvidos, como o Brasil. Mas como isso acontece? Por exemplo, por meio do pagamento da dívida interna e externa, que provê à burguesia parte do capital necessário para a produção de mais armas. Ou seja, basicamente somos obrigados a ver nosso dinheiro financiando a morte de milhares de mulheres, crianças e idosos no mundo inteiro, tudo pelo interesse do lucro dos poderosos.
É imprescindível apontar a saída para o povo palestino e de todos os trabalhadores do mundo: a luta pelo socialismo é a única saída para o fim das guerras, da fome e da opressão.
Enquanto houver Estado de Israel haverá genocídio em processo na faixa de Gaza, porém a questão é mais ampla, enquanto houver capitalismo haverá guerra e destruição.
Por isso a Corrente Marxista Internacional tem promovido a criação de organizações de juventude que lutam contra o capitalismo no mundo todo, como a Federação de Estudantes Marxista na Grã-Bretanha, a Juventude contra o Capitalismo na Grécia e dos comitês de luta da campanha Público, Gratuito e para Todos no Brasil. É como diz o trecho do manifesto da campanha:
“Estamos fartos deste sistema que organiza guerras, espionagem, tráfico e pilhagens pelo mundo todo. Queremos erguer um mundo de liberdade, um mundo de fraternidade, um mundo de igualdade, um mundo socialista onde não exista nem opressão e nem exploração”
Essa é a realidade que queremos criar, mas a saída para o povo palestino, assim como para os trabalhadores do mundo todo é uma só: lutar pelo socialismo!
Por isso estaremos no próximo ATO UNIFICADO EM SOLIDARIEDADE À PALESTINA, dia 19-7-2014, com concentração em frente à Rede Globo, na R. Chucri Zaidan, 46, às 13h.
Venha você também ajudar a derrubar a barbárie capitalista e a construir esse novo mundo!
PELO FIM DO ESTADO DE ISRAEL!
TODO APOIO À CAUSA PALESTINA!
ABAIXO O CAPITALISMO!