Israel testa munição de tungstênio em Gaza

Corpos ficam desfigurados e enegrecidos Médicos em Gaza têm relatado acerca de lesões inéditos provocados por armas israelenses que causam queimaduras severas e deixam ferimentos internos profundos, que...

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Corpos ficam desfigurados e enegrecidos

Médicos em Gaza têm relatado acerca de lesões inéditos provocados por armas israelenses que causam queimaduras severas e deixam ferimentos internos profundos, que muitas vezes resultam em amputações ou na morte.

Estas lesões foram vistas pela primeira vez em julho de 2006, quando Israel atacou Gaza depois de militantes palestinos terem capturado um soldado israelense.

“Os corpos chegaram severamente fragmentados, fundidos e desfigurados”, afirma Jumaa Saqa’a, médico do Hospital Shifa na cidade de Gaza.

“Descobrimos queimaduras internas de órgãos, enquanto externamente havia minúsculas porções de metralha (shrapnel). Quando abrimos muitas das pessoas lesionadas descobrimos pós sobre os seus órgãos internos”.

Não está claro se as lesões provêm de uma nova arma. Os militares israelenses negaram que as lesões proviessem de um Explosivo de Metal Inerte Denso (Dense Inert Metal Explosive, DIME), uma arma experimental.

Em Gaza, o Dr. Saqa’a afirma que as pequenas porções de metralha descobertas nos corpos dos pacientes não se mostram sob o Raio X. “Costumávamos ver a metralha penetrar os corpos fazendo danos localizados. Agora não vemos a metralha, mas descobrimos a destruição”, afirmou.

Os médicos também descobriram que pacientes que estavam estabilizados após um dia ou dois morriam subitamente. “O paciente morre sem qualquer causa científica aparente”, informou o Dr. Saqa’a.

Fotografias de alguns dos mortos do Hospital Shifa mostram corpos que foram fundidos e enegrecidos para além do reconhecimento. Em vários casos os médicos amputaram membros gravemente queimados.

No Hospital Kamal Odwan, em Beit Lahiya, o vice-director, Saied Jouda, disse que pacientes admitidos nos últimos dias ainda mostram sinais de lesões inabituais. O ministro da Saúde em Gaza relatou que estas lesões vêm de um “tipo de projétil sem precedentes” e também notou queimaduras severas e órgãos internos seriamente danificados.

Um laboratório italiano que analisou as amostras confirmou que os resultados eram compatíveis com a hipótese de uma arma DIME.

A arma ainda está na fase preliminar de desenvolvimento nos EUA. Ela tem uma cápsula de fibra de carbono e contem partículas de tungstênio fino ao invés de fragmentos metálicos. Ela provoca uma explosão muito poderoso, mas com um raio muito mais limitado do que outros explosivos. A médio prazo o tungstênio (ou volfrâmio) pode provocar leucemia. As informações são do portal Resistir.info.

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