
O Hamas e outras sete organizações palestinas emitiram um comunicado conjunto indicando que o plano de reconciliação deve ser revisto para incluir uma referência ao direito dos palestinos resistirem à ocupação israelita.
“Ao texto apresentado pelo Cairo às organizações palestinas falta visão política não mencionando o conflito (com Israel) e a agressão ao nosso povo”, afirmou o porta-voz Khaled Abdel Majid, acrescentando que as organizações subscritoras não firmarão o acordo se o texto não incluir os princípios e os direitos dos palestinos especialmente o de resistir à ocupação sionista.
Declarou ainda que a proposta deveria incluir a questão de “Jerusalém e os perigos da sua judaização” e a agressão permanente que ameaça esta cidade santa”, assim como “o direito dos refugiados palestinos puderem regressar às suas casas”
Na Cisjordânia, um responsável do Fatah, Mohammed Dahlan, desaprovou os comentários do Hamas sobre as divisões palestinas e acrescentou que o seu partido considera agora alternativas, incluindo a convocação unilateral de eleições. Dahlan também destacou que o Hamas controlou os ataques com foguetes na ofensiva iniciada por Israel na Faixa de Gaza no início do ano.
“Onde está a resistência em Gaza?”, perguntou Dahlan. “Não estão interessados no bem-estar dos palestinos ou na independência palestina. A única coisa com que se preocupam é deter o poder”, afirmou.
O Fatah anunciou na quarta-feira que aceitou a proposta egípcia de realizar eleições presidenciais e legislativas no ano que vem como parte de um plano para a reconciliação entre os partidos palestinos.